Já andávamos a falar de ir ao Porto há muito tempo e decidimos fazer-lhe uma visita. A cidade merece e porque é uma região que não conhecíamos, foi uma escolha fácil, entre todas as hipóteses pensadas para esses dias.
Foi num fim-de-semana prolongado que organizámos a roadtrip. Optámos pelo carro, pela facilidade de horários e pela deslocação. Partimos bem cedo e chegámos à cidade invicta pelas 11h .
Um dos primeiros pontos de passagem foi a Igreja de Santo Ildefonso, localizada no centro do Porto, uma das igrejas mais importantes da cidade.
A Igreja tem cerca de 11.000 azulejos que ornam as fachadas, da autoria de Jorge Colaço (o mesmo autor dos azulejos da Estação ferroviária de S. Bento, no Porto), colocados a 31 de Dezembro de 1931.
Por ruelas e calçadas (lá fomos nós), já cantava Rui Veloso. E vai-se respirando arte.
Na parte da manhã e antes de almoçar, conseguimos visitar a Sé e descer até ao Palácio da Bolsa, onde iríamos no período da tarde. Na Sé visitámos o seu interior e desfrutámos da paisagem. Podem conhecer o interior da Sé gratuitamente, embora a visita aos claustros seja paga.
A Igreja foi sofrendo alterações ao longo dos séculos. A sua construção data do século XII/XIII, em estilo românico, até à sua alteração final, numa reconstituição idealizada da catedral medieval, já no século XX.
“O Pelourinho da Sé do Porto tem apenas 70 anos. Surpreendidos? À primeira vista, quer pelo estilo rococó quer pela envolvente secular da Sé Catedral, este belo pelourinho parece revestir-se de uma respeitosa antiguidade. Mas na verdade foi edificado na sequência da demolição dos edifícios envolventes à Sé, Casa do Cabido e Paço Episcopal, levada a cabo pela política nacional implementada pelo Estado Novo. As obras ficaram concluídas em 1940, com o novo terreiro lajeado. O pelourinho que hoje vemos é uma reconstituição de uma gravura de 1797 e foi inaugurado em 1945.” (texto retirado de Porto Envolto)
Fomos descendo, em direcção ao Palácio.
O Palácio da Bolsa encontra-se perto da ribeira, na zona mais baixa da cidade. A visita é (obrigatoriamente) guiada e está disponível em 3 ou 4 idiomas, pelo que optámos pelo português (óbvio) mas só seria possível pelas 15h. Decidimos por isso, alterar os nossos planos e visitar a zona dos Clérigos e fazer a nossa refeição por lá.
Miradouro das Virtudes
O Brick Clérigos foi uma das nossas opções para almoçar mas parece que o restaurante é tão procurado que funciona sempre com marcação. Ficará para uma próxima. Optámos pelo Steak ‘n Shake, a 5min dos Clérigos e não nos arrependemos. Os hambúrgueres são deliciosos e os batidos igualmente saborosos. Vejam aqui o post sobre a hamburgueria.
De Barriga cheia, fomos em direcção ao Palácio da Bolsa. Pelo caminho tivemos oportunidade de ver outros cantinhos e outras ruelas.
Fizémos ainda uma paragem na Igreja do Carmo e na Igreja dos Carmelitas Descalços. São uma ao lado da outra, mas propriamente coladinhas. A segunda pertencia ao Antigo Convento, mas ambas foram executadas ao estilo Barroco e na mesma época.
Visitem o interior, que é naturalmente rico, como ditava a época.
À esquerda, a Igreja dos Carmelitas Descalços e à direita a Igreja do Carmo
Pontualmente chegámos ao Palácio, estávamos ansiosos. Pois bem, era um dos ex-libris da cidade e o Salão Árabe estava na mente da Sofia como um dos pontos a fazer check.
A biblioteca
O Palácio da Bolsa foi construído no séc XIX para que os comerciantes da cidade do Porto conseguissem estabelecer e discutir os seus negócios num local apropriado, após o fecho da Casa da Bolsa do Comércio.
Pátio das Nações
Ao longo da visita guiada é possível perceber um pouco da história, da arquitectura e das pessoas que marcaram o Palácio, alguns muito prestigiados como Gustave Eiffel. Curiosamente Eiffel não esteve no Palácio, nem tinha nenhum escritório ali, mas foi feita uma sala em sua homenagem.
Sala de Homenagem a Eiffel
Sala das Assembleias Gerais
Uns anos mais tardes é inaugurado o tão esperado Salão Árabe, após 20 anos de trabalho em estuque, carregada de mensagens árabes, em que se fazia referência à rainha D. Maria II e a Alá. (Também não entendemos a último parte)
A visita demorou cerca de 30 minutos. E para quem acha que é muito tempo, soube-nos a pouco, muito pouco mesmo. Se vale a pena o dinheiro? Vale, mas preferia que houvesse mais tempo para apreciar os espaços e os seus detalhes.
Seguimos então para a zona da Ribeira. Junto ao Palácio, virada para o rio, está a Igreja de São Francisco. Não chegámos a visitar o seu interior, ficará para uma próxima, mas a vista para o Douro vale bem a pena.
Bolas, tínhamos que voltar a subir tudo para ir buscar o carro ao parque de estacionamento. E que bela subida, ufa!
Estação de São Bento
Chegámos ao apartamento e wow! Mas isso ficará para um próximo post.
(Entusiasmámo-nos muito?)
Sofia & Sérgio
Love it ^^ o meu Porto é lindooooooo ❤
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